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Home » Destaques, Notícias, Notícias CAU/BR, Notícias CAU/CE » Jornal O Povo | Entrevista com Delberg Ponce de Leon, vice-presidente do CAU/CE

Jornal O Povo | Entrevista com Delberg Ponce de Leon, vice-presidente do CAU/CE

24 de abril de 2017
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Delberg Ponce de Leon tem uma vida dedicada à arquitetura e ao urbanismo. Em quase 50 anos de carreira, ele criou 750 projetos. Nesse grande acervo de obras, a maioria em parceria com o colega Fausto Nilo, estão a Praça do Ferreira, o Centro Dragão do Mar e a urbanização do Polo Cultural da Praia de Iracema (Ponte dos Ingleses). Também atuou em projetos como os das avenidas Leste Oeste, Aguanambi, José Bastos, Anel Viário. Ele se orgulha, ainda, de ter participado da regulamentação e atualização de várias leis, tendo sido coordenador do Código de Obras e Posturas de Fortaleza. Nesta entrevista, o sócio fundador do Escritório Delberg Arquitetos Associados e atual presidente da Câmara Setorial da Indústria Imobiliária fala sobre sua trajetória e sobre Fortaleza, que ele diz ter uma arquitetura do sol.

 

OPOVO – Como o senhor vê a arquitetura de Fortaleza?

Delberg Ponce de Leon – Eu acho uma arquitetura do sol. As pessoas, os visitantes se encantam porque nós temos uma arquitetura muito vibrante, colorida, muito bem dimensionada, proporcionalmente. O que eu acho é que está caindo na repetição. É preciso fazer, hoje em dia, desenhos mais contemporâneos e se preparar para uma nova etapa da construção que, eu acredito, vai ser através das estruturas metálicas. Vamos sair da tecnologia convencional do concreto.

OP – O cearense aproveita bem o sol e a luz na arquitetura?

Delberg – Acho que nós temos muito jogo de cintura para trabalhar com a luminosidade. O que às vezes inibe são os poucos recursos disponíveis, além do essencial do prédio. E a própria legislação também inibe alguns lances de maior destaque visual.

OP – Existem deficiências?

Delberg – É muito complexa essa parte. Se você olhar a cidade do lado nascente para o poente vai ver que em todos os prédios o maior investimento das edificações está feito na fachada. Se você olha a cidade do poente para o nascente você vai encontrar paredes cegas. Panos brancos de parede, o lugar dos elevadores. Quer dizer, não se está trabalhando as quatro fachadas do empreendimento.

OP – O senhor concorda que o fortalezense prefere o novo, em detrimento do antigo?

Delberg – Acredito que sim. Porque nós não temos grandes exemplares que justificassem um tombamento. Muitas vezes os tombamentos feitos são parciais, provisórios. Não são obedecidos porque realmente não tem uma justificativa plausível mesmo. Muitas das edificações reclamadas cumpriram o seu papel como antigos casarões residenciais onde não mora mais ninguém. Fortaleza é muito pouco compartilhada com essa ideia de propriedades. Desde a década de 1930, nós temos em torno de nove a dez famílias que eram detentoras das grandes áreas disponíveis da cidade. Depois da implantação do Banco Nacional de Habitação começaram a surgir os financiamentos, as permutas dessas casas, da Aldeota, por exemplo, por edifícios. Isso foi uma forma do proprietário transformar aquela casa dele, ao invés de uma escritura, em cinco, seis escrituras. Ele trocava por apartamentos para os filhos, netos.

OP – E como é hoje?

Delberg – Hoje nós temos três ou quatro exemplos de land banks (bancos de terra). Estão aí esperando para serem deslanchados com grandes projetos. Essa prática dos bancos de terra ainda existe em Fortaleza.

OP – Como o senhor avalia os problemas do caos urbano e poluição visual em Fortaleza?

Delberg – Isso é totalmente judicializado no País. Eu trabalhei muito com legislação urbana, código de obras, uso e ocupação do solo, em posturas, mas existe uma máquina paralela de atividades que ela consegue, através de mandados de segurança, derrubar grande parte da legislação vigente. Esses grandes outdoors que você vê em Fortaleza são proibidos, mas estão lá. Você vai ver tem uma empresa do Rio Grande do Sul, de Minas ou de outro estado que conseguiu uma liminar. O desrespeito é total. Os que estão tomando aquela decisão não têm os conhecimentos básicos, precisos, necessários de urbanismo e arquitetura para se posicionar melhor na sua decisão.

OP – E não tem como fugir disso?

Delberg – O que vem se tentando fazer, na Prefeitura, é atualizar, modernizar, fiscalizar, derrubar, triturar todos esses aparelhos que causam poluição visual ou sonora. Mas a demanda é muito grande. É uma questão muito complexa.

OP – Em que projetos o senhor está trabalhando no momento?

Delberg – Estou trabalhando num centro universitário, na avenida do Imperador com a avenida Duque de Caxias, uma edificação vertical com 15 pavimentos e quatro subsolos. Na ampliação do Mercado São Sebastião, com mais dois novos pavilhões e estacionamento no subsolo, e na Escola Hotelaria e Gastronomia do Ceará, que é um “retrofit” do edifício Panorama Artesanal. Participo ainda do Núcleo Gestor o Projeto Fortaleza 2040 no Setor de Urbanismo e Mobilidade.

OP – O senhor acha que o projeto Fortaleza 2040 vai tirar a cidade do caos urbano que vem crescendo nos últimos anos? Na prática, o que muda?

Delberg – A estrutura principal é o Desenvolvimento Orientado pelo Transporte (DOT). É um transporte público de qualidade. Hoje é utilizado o sistema BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus). São alternativas que estão se somando com o novo Uso do Solo e vão dar novas condições de deslocamento para as pessoas. Com o novo uso do solo, vamos permitir uma nova forma urbana e edificações com conceito moderno de fachada ativa e uso misto. Os equipamentos públicos, como escolas, creches e posto de saúde ficarão em torno dos corredores que terão a cada quilômetro de distância um terminal de passageiros para a saída e chegada do núcleo. É fundamental que em torno de cada terminal desses seja estimulado o adensamento de cerca de 15 mil habitantes. Essas pessoas irão morar nessa área com a infraestrutura necessária. É uma nova agenda urbana, é uma recomendação da ONU.

OP – O senhor é autor de grandes projetos arquitetônicos em Fortaleza. Quais o senhor considera mais importantes?

Delberg – Temos cadastrados 750 projetos em quase 50 anos de atividades. Grande parte deles foi com o parceiro Fausto Nilo. O desafio que nós encontramos e talvez essa seja uma explicação da nossa permanente união, foi trabalhar para o grande público. Sempre participamos de concursos públicos e procuramos fazer projetos de interesse das comunidades. Entre eles, um que considero a sala de estar da cidade, é o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Na orla, a Ponte dos Ingleses. No Centro Histórico, a Praça do Ferreira. Talvez isso tenha nos dado mais prazer de projetar e ver, depois, sendo utilizado pela população em todas suas faixas etárias e níveis sociais. Não temos registro de depredação ou pichação no Centro Dragão do Mar. Isso mostra a sensação de pertença da população com aquele equipamento.

OP – Que outros projetos o senhor realizou?

Delberg – Realizamos. Sempre trabalhei em equipe, com o Fausto ou outros arquitetos e muitos estagiários. Mas um trabalho do começo de carreira, em 1974, que me deu grande prazer foi o edifício Panorama Artesanal, no início da Leste Oeste. Nós fizemos naquela época uma construção moderníssima porque não existia em Fortaleza o padrão de uso misto, salvo raras exceções. Hoje está em processo avançado de recuperação, que a gente chama de “retrofit”, e será uma das Escolas de Hotelaria e Gastronomia mais modernas do Brasil.

OP – Qual foi o seu estilo inicial?

Delberg – Estávamos em cima da inauguração de Brasília. Então tudo circulava em torno de Oscar Niemeyer e seus seguidores.

 

Fonte: Jornal O Povo

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