Campelo Costa homenageia o presidente do CAU/CE, Odilo Almeida
27 de dezembro de 2017 |
O arquiteto Campelo Costa, ex-presidente do IAB Nacional e do IAB-CE, prestou homenagem ao presidente do CAU/CE, Odilo Almeida, durante a confraternização do Dia do Arquiteto, que ocorreu no último dia 16 de dezembro (sábado), no Passeio Público. O evento também fez parte das comemorações aos 60 anos de fundação do IAB-CE.
Segue a íntegra do texto:
“Amigos do IAB,
Dirijo-me a vocês, desta maneira epistolar e despretensiosa, movido (já perdoada a presunção) pelo envolvimento ao longo da minha vida profissional nas lutas travadas pelas sociedades dos arquitetos nas tentativas de superação dos obstáculos interpostos à prática da arquitetura em toda a sua inteireza.
Ao mergulharmos na história da arquitetura brasileira contemporânea e dos seus autores, colhe-se uma experiência salutar e, em grande parte, inédita.
A história do IAB também é digna e merece respeito.
Ao se avizinhar dos cem anos, o IAB mostra sinais de vitalidade no surgimento e organização dos Departamentos e dos inúmeros Núcleos a pipocar Brasil afora, e na capacidade de sustentar-se por tanto tempo pela mera vontade de seus associados.
O nosso IAB, o IAB-CE, chegou aos 60 “alencarina lucidez” – assim nos distinguia o velho Miguel Pereira – para o encaminhamento de propostas, ou a defesa de teses vinculadas ao exercício da profissão, ou aos reflexos de políticas equivocadas no plano de desenvolvimento cultural e material do povo brasileiro. Eia o compromisso!
De tudo isto gostaria de registrar aqui os nossos louvores aos poucos que teimam em manter acesa no velho/novo IAB a chama do debate.
Pois bem! Neste plano, proponho aos presentes um preito de louvor, uma homenagem ao ilustre colega Odilo Almeida, por sua performance à frente do IAB e do CAU/CE.
Sua trajetória foi marcada por virtudes cívicas, comportamento ético irrepreensível e acima de tudo a postura de diplomata a conduzir e resolver com coragem as questões mais ácidas interpostas em seu caminho.
Os organismos representativos da classe encontram-se multiplicados, cada um com sua vocação de formação; seja profissional, mercadológica ou cultura, disputando os poucos espaços entre si, necessitam de um repensar a respeito dos objetivos comuns, capaze4s de nos levar a uma unidade de atuação e, jamais esquecendo: para haver a produção de uma estética é necessário uma atitude ética; coletiva ou individualmente, pois, para nos individualizarmos precisamos do coletivo.
Por fim!
O Odilo e sua firmeza política deixam gravadas a importância de sua existência entre nós e a esperança sempre renovada que outros dias virão.
Muitos outros dias virão.
Um grande e afetuoso abraço à tropa boa dos arquitetos”.
Campelo Costa