Ruídos podem gerar bastante desconforto no cotidiano das cidades. Pior ainda: acabam por provocar problemas mais graves, como irritabilidade, perda da audição, cefaleia, entre outros. Quando perpassamos os aspectos da saúde, começamos a entender a importância de um tema importante, mas que muitas vezes é deixado em segundo plano: acústica.
Para Daniel Sampaio, que desde 2009 desenvolve projetos de acústica urbana e arquitetônica, mesmo um quarto sem um desempenho mínimo de acústica pode tornar-se um grande transtorno na vida de uma pessoa. O arquiteto discutiu o assunto na noite de ontem, 15 de fevereiro, em palestra realizada pelo CAU/CE. Ele ressaltou a importância da acústica nos projetos arquitetônicos, explicando que muitos profissionais não encontram soluções completas para a redução de ruídos por desconsiderar a gravidade do problema. Outros atuam com desinformação, desconhecendo as principais normas e leis que tratam da acústica.
O palestrante destacou a Norma de Desempenho NBR 15575, para edificações Habitacionais, que estabelece parâmetros técnicos para vários requisitos, como desempenho acústico. Além disso, mostrando que o projeto acústico não se limita apenas a auditórios ou salas de conferências, Daniel apresentou estudos de casos nos quais apontou diversos entraves gerados por projetos com falhas acústicas.

Uma resposta
Associado ao ruído, que, quando prolongado no tempo, degenera em problemas de saúde pública, habitualmente as medidas anti-ruído, aportam igualmente benefícios de redução no consumo de energia eletrica, principalmente em espaços climatizados que, pode chegar ao menos 50%.
O Brasil está agora a dar os primeiros passos nesta matéria da maior importância, com a publicação da Norma 15575/2013, referida pelo arquiteto Danie Sampaio