Acordos e parcerias

Confira como foi a participação do CAU Brasil na reunião do CIALP, em Angola

 
24ª Reunião do Conselho Internacional de Arquitectos de Língua Potuguesa (CIALP) ocorreu na capital Luanda

 

De olho na inserção internacional dos arquitetos e urbanistas brasileiros, o CAU Brasil enviou uma representação oficial para participar da 24ª Reunião do Conselho Internacional de Arquitectos de Língua Potuguesa (CIALP), em Luanda, na Angola. O CIALP reúne profissonais de Portugal, Brasil, Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau e de Moçambique, além das regiões de Goa (na Índia) e Macau (na China).

 

Como membro observador, o CAU Brasil foi representado pelos conselheiros federais Claudia Sales (CE) e Humberto Mauro (AP) na reunião que teve como tema o Patrimônio e o Turismo sob a ótica da sustentabilidade. Foram três dias de palestras, apresentações de trabalho, mesas redondas e visitas ao patrimônio edificado de Luanda.

 

“Fiquei feliz por perceber que as pautas atuais nos países que compõem o CIALP já estão sendo discutidas e na atual gestão do CAU Brasil”, afirmou a conselheira Claudia Sales. Na reunião, foram tratadas questões de raça, gênero e desigualdade social. “Isso mostra que estamos alinhados com questões territoriais e globais. Não estamos sós.”

 

Conselheira do CAU Brasil Claudia Sales (CE)

 

PATRIMÔNIO E TURISMO

Presente no encontro, o presidente da União Internacional de Arquitetos (UIA), José Luis Cortês Delgado, abordou as questões que envolvem a atuação do profissional de Arquitetura e Urbanismo no contexto mundial, trazendo questões sobre os paradigmas que envolvem o patrimônio e o turismo sustentável e a escassez do território. Para ele, cada território deve tentar enxergar suas potencialidade a partir do que eles tem a oferecer ao mundo de singular, único.

 

Sobre o tema do Patrimônio, o presidente Ordem dos Arquitetos de Angola, Celestino Chitonho, destacou que os arquitetos dos países de língua portuguesa devem pensar o patrimônio como um bem de primeira necessidade, tornando a linguagem da necessidade de preservação mais acessível e simples para os políticos.

 

O arquiteto brasileiro Cid Blanco desenhou o papel da arquitetura na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) para reduzir as desigualdades reconciliando desenvolvimento e sustentabilidade e destacando o direito à moradia, o direito à cidade e o direito aos serviços básicos.

 

 

DECOLONIZAÇÃO

Na mesa-redonda sobre o tema “Cidades e Patrimônio”, quando foram abordadas obras do modernismo tardio na África, a conselheira Claudia Sales falou sobre o processo de decolonização que a América Latina tem se debruçado nos últimos anos e da necessidades dos países africanos fazerem o mesmo. “Valor dessas obras está muito mais naquilo onde o moderno se apresenta como singular e próprio de cada país do que aquilo que os assemelham ao que já se tem produzido nos países europeus”.

 

Claudia sugeriu ainda um modelo de mobilidade profissional entre arquitetos brasileiros e africanos, a partir da experiência da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), sediada no Ceará e fornecendo diplomas que já consideram a mobilidade entre os países lusófonos.

 

“Conseguimos abrir diálogo com outros países, possibilitando abertura das mais diversas ações”, afirmou a conselheira Claudia durante seu relato na 124ª Reunião Plenária Ordinária do CAU Brasil. O conselheiro Humberto Mauro ressaltou que o CAU Brasil colocou-se de portas abertas para receber ações do CIALP.

 

Fonte: CAU/BR

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