
Aconteceu, na manhã do último sábado, 20, o encontro dos coordenadores dos cursos de Arquitetura e Urbanismo do Ceará no CAU/CE. Participando do evento, o conselheiro federal pelo Rio Grande do Norte, Fernando Costa, abordou o tema “Novos horizontes para o ensino de Arquitetura”, destacando, especialmente, ações discutidas atualmente na Comissão de Ensino e Formação (CEF) do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR).
Conduzido pelo presidente Odilo Almeida, e contando com a participação dos conselheiros Euler Muniz e Sérgio Facó, ambos integrantes da CEF do CAU/CE, o evento teve como objetivo integrar atividades da Entidade e das Instituições de Ensino Superior (IES) a fim de discutir propostas que contemplem ensino e valorização profissional. Além disso, a gerente técnica e de fiscalização do CAU/CE, Juliana Gurgel, apresentou um tutorial de como realizar o cadastro das IES no Conselho por meio do SICCAU, procedimento que permite o CAU/BR manter contato com os recém-graduados.

Na abertura, Odilo ressaltou a importância do encontro, destacando que há um “universo de desafios” que se apresenta aos profissionais e para o qual a relação entre entidades de Arquitetura e Urbanismo e instituições de ensino é extremamente salutar. Por isso, “esse é um momento de organização”, avaliou. O conselheiro federal Fernando Costa fez uma exposição sobre diretrizes para o ensino de Arquitetura e Urbanismo, mencionando as discussões atuais na CEF do CAU/BR envolvendo acreditação dos cursos –avaliação externa qualitativa pelo CAU/BR para apontar aqueles que oferecem educação adequada, utilizando padrões como as Diretrizes Curriculares Nacionais –, residência para arquitetos e urbanistas e programas de educação continuada.

A participação de Fernando também contemplou um aspecto estratégico para os CAU/UF quando falou sobre a relação que o CAU/BR deve manter com os egressos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo por meio do cadastro dos dados realizado pelo coordenador. “Essa é uma responsabilidade do coordenador. Ninguém melhor do que ele para informar quem concluiu a graduação”, disse. Complementando essa introdução, a gerente técnica e de fiscalização, Juliana Gurgel, mostrou um passo a passo de como os coordenadores de cursos devem cadastrar suas instituições para a exportação da lista de egressos.
O conselheiro Euler Muniz analisou do atual cenário, relacionando ensino e exercício profissional. Para tanto, valeu-se de indicadores referentes à Arquitetura e Urbanismo para mostrar possibilidades futuras de atuação no mercado de trabalho e na localidade de novas instituições de ensino. Ele tratou também da necessidade de interiorização dos profissionais, tendo em vista a carência de arquitetos e urbanistas em alguns municípios. “O número de profissionais ativos em Fortaleza é muito superior ao interior do estado. Não há ainda um planejamento regional, e as IES podem mostrar a importância desses profissionais nos municípios”, salientou. Num momento final, os participantes puderam debater sobre os temas propostos, fazendo considerações no intuito de trazer contribuições efetivas ao encontro.
